Tão logo o ministro Alexandre de Moraes, do STF, retirou o sigilo do inquérito que apura o financiamento e a organização dos atos considerados antidemocráticos, parlamentares envolvidos começaram a bradar nas redes sociais.
O despacho de Moraes tornou público nesta segunda (7) os autos principais do inquérito e o relatório da Polícia Federal sobre as investigações. Trechos vazaram na imprensa neste fim de semana.
Em outras palavras, deu-se nome aos bois.
Os documentos apontam a necessidade de mais investigações sobre uma suposta tentativa de obstrução da CPMI das fake news. Os principais investigados são o blogueiro Allan dos Santos e seus sócios Bruno Ayres e João Bernardo Barbosa e a deputada federal Bia Kicis (PSL-DF).
Nas redes, a parlamentar defendeu-se dizendo que “estão desesperados pq (sic) depois de muitos meses de investigação c/ quebra de sigilo bancário e fiscal NADA encontraram contra nós. Repito: nada! Agora querem fofocar. Advogados já acionados”.
Também são citados os deputados do PSL Alê Silva (MG), Aline Sleutjes (PR), Carla Zambelli (SP), Caroline de Toni (SC), General Girão (RN), Guiga Peixoto (SP) e Junio Amaral (MG); e o deputado Otoni de Paula (RJ), do PSC.
Alê Silva, Aline Sleutjes, Carla Zambelli, Caroline de Toni, General Girão e Junio Amaral preferiram não comentar.
Guiga Peixoto disse que “tornar o inquérito público não faz com que ele ganhe força” pois, segundo ele, “não há mais o que investigar”.
Otoni disse que a PGR pediu o arquivamento do inquérito e que “não dará um passo atrás”. E “que prefere perder o mandato a perder o caráter”.