Dez anos após a morte de Ariano Suassuna, a memória do poeta e dramaturgo continua viva e pulsante na cultura brasileira. Nascido em João Pessoa e criado em Taperoá, Suassuna soube transformar a simplicidade e as tradições do sertão nordestino em obras universais. Suas peças, como “O Auto da Compadecida” e “A Farsa da Boa Preguiça”, não só marcaram o teatro nacional, mas também ganharam adaptações para o cinema e a televisão, perpetuando o legado do autor. As “aulas-espetáculo” de Suassuna, disponíveis na internet, continuam a encantar e ensinar gerações sobre a riqueza cultural do Brasil.

Ariano Suassuna foi um incansável defensor da cultura popular brasileira. Membro da Academia Brasileira de Letras, ele desafiava convenções ao dispensar o fardão tradicional em prol das alpercatas, símbolo de sua autenticidade. Em Taperoá, sua cidade do coração, a obra de Suassuna é celebrada com uma exposição itinerante, debates sobre seu realismo fantástico e apresentações culturais que relembram seu Movimento Armorial. Suassuna acreditava que o Brasil precisava descobrir sua própria identidade, longe das influências estrangeiras, como lembrado por Joaquim Falcão: “O Brasil não é Disneylândia. O Brasil é Taperoá”.