“Já vai tarde!”. Esse foi um dos comentários postados em resposta ao balanço da gestão de Rosa Weber que o STF publicou nesta quarta-feira (27) em sua conta no ex-Twitter.
Na iminência de sair da cadeira de chefe do Supremo, que assumiu em setembro do ano passado, Rosa Weber não se furtou a pautar o julgamento de temas polêmicos como o do marco temporal para a demarcação das terras indígenas, que teve sua tese rejeitada pelo STF em 21 de setembro.
No julgamento da descriminalização do aborto até a 12ª semana de gestação, que começou no dia seguinte, 22 de setembro, a ministra, que é relatora do processo, votou a favor. A votação, no entanto, foi suspensa a pedido do ministro Luís Roberto Barroso, que vai suceder Rosa Weber no STF, e a análise da pauta será feita posteriormente de forma presencial.
Com Barroso, cuja posse está marcada para esta quinta-feira (28), às 16h, a tensão com o Congresso deve aumentar. Ao contrário da ministra, que sempre se pautou pela discrição, Barroso costuma fazer declarações que colocam mais lenha na fogueira. Como em julho deste ano, durante evento da União Nacional dos Estudantes (UNE), quando declarou que o Brasil derrotou o Bolsonarismo.
Na ocasião, Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, disse, durante entrevista coletiva, que “a presença do ministro em um evento de natureza política com uma fala de natureza política é algo que reputo como infeliz, inadequado e inoportuno”.