O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que passa agora a lidar com a votação da PEC da reforma tributária, recebendo um pouco dos holofotes tão bem aproveitados por seu homólogo da Câmara Federal, Arthur Lira (PP-AL), saiu um pouco da toca nesta quinta (13) para manifestar-se sobre a fala do ministro do STF, Luís Roberto Barroso.
Pacheco, que sempre sublinha que trabalha pelo consenso — e não pelo dissenso — entre os poderes, chamou a fala de “infeliz” e sugeriu uma “eventual retratação” do ministro Barroso, homem, como disse, de “extraordinárias qualidades, inteligência, espírito público e patriotismo”. “Não cabe a um membro do Poder Judiciário (…) fazer manifestações de cunho político em relação a uma ala politica (…) Cabe [a ele] julgar as causas que lhe chegam.”
Diversos congressistas reclamaram de Barroso a Pacheco. O Senado, como se sabe, é a casa que tem a prerrogativa de sabatinar ministros indicados ao STF; também tem a prerrogativa de julgar eventuais pedidos de impeachment desses juízes. As reclamações foram nessa linha.
Por fim, Pacheco terminou sua rápida entrevista coletiva de maneira salomônica. Disse que é “papel de nós todos” colaborar “para um Brasil reunificado, com mais tolerância.”