O muito velho dístico que reza que o que é bom para os Estados Unidos é bom para o Brasil pode ser atualizado para “o que ruim para o Brasil é ruim para os States”. Assim como com Lula, que há uma semana foi ameaçado digitalmente de “tomar um tiro na barriga” por um morador de Santarém (PA), cidade que Lula visitaria, Joe Biden recebeu mimo semelhante, também pelas redes sociais.
Mas deu ruim para o acusado das ameaças digitais contra o democrata, e ele acabou morto por agentes do FBI após tiroteio em sua casa na manhã de quarta-feira (9), em Provo, ao sul de Salt Lake City, no estado de Utah. Biden chegou horas depois à região.
Craig Robertson, a vítima, havia postado na segunda (7) que soubera que Joe Biden vinha ao Utah e, assim, ele iria “tirar da caixa sua roupa de camuflagem” e “limpar a poeira de seu rifle M24”. Craig não era novato nesse tipo de ameaça digital — meses atrás, segundo a agência AP, ele havia ameaçado diversas figuras públicas. O homem se definia como “MAGA Trumper” em referência à sigla que se tornou slogan de Donald Trump: “Make America Great Again”.
No Brasil, o fazendeiro que havia ameaçado Lula em Santarém foi libertado na sexta (4), dia da visita de Lula à cidade. Ele deve responder pelos crimes de ameaça e incitação ou preparo de atentado contra pessoa por motivos políticos.