Lula sobe o tom contra PM do Rio, e Cláudio Castro faz cara de paisagem

Lula || Crédito: Tomaz Silva/Agência Brasil

Presidente lamenta morte de menino de 13 anos assassinado por policial e diz que “governo federal” tem de “ajudar governadores” como o do Rio

Em palanque no Rio de Janeiro nesta quinta (10), o presidente Lula fez duro discurso contra o policial carioca que matou um menino de 13 anos, Thiago Flausino, baleado em operação da PM no fim de semana.

Depois de dizer que “é o povo pobre, negro, o povo da periferia que precisa ser tratado com respeito”, Lula falou que “a gente não pode culpar a polícia, mas a gente tem que dizer que um cidadão que atira num menino que já estava caído é irresponsável, e não estava preparado do ponto de vista psicológico para ser policial”.

Em seguida, deu as costas para o público e, falando diretamente para o governador fluminense, Cláudio Castro (PL), mandou: “Nós precisamos criar condições, governador, e o presidente da República quer ter responsabilidade junto com você, nós precisamos criar condições da polícia ser eficaz, da polícia ser pronta pra combater o crime, mas ao mesmo tempo essa polícia tem que saber diferenciar o que é  bandido e o que é um pobre que anda na rua”.

Mas logo depois aliviou para Castro e outros governadores, que são os responsáveis pela condução das polícias:

“E eu não tou jogando a culpa em nenhum governador. O governo federal tem de assumir a responsabilidade de ajudar os governadores no combate à violência. Por que o crime organizado esta tomando conta do pais.”

Também no palanque, a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, irmã da vereadora assassinada Marielle Franco, que conhece bem a realidade da periferia carioca, aplaudiu a fala de Lula de pé.