Mesmo com os protestos praticamente diários e massivos que sacudiram e seguem a sacudir as principais cidades de Israel; mesmo com o cruzar de braços dos reservistas num país sempre em alerta militar; e conquanto as advertências de líderes de potências amigas, como Joe Biden, o Legislativo de Israel aprovou por unanimidade nesta segunda-feira (24) lei que limita o alcance de algumas decisões da Suprema Corte daquele país.
A unanimidade foi conquistada graças ao boicote dos partidos que deploravam as medidas.
Não foram o soldado e o cabo proverbiais de Eduardo Bolsonaro a fechar o Supremo, mas a coalizão que governa Israel fala apenas que esta segunda-feira marca o “primeiro passo” dado. Podem estar a caminho outras resoluções que limitariam ainda mais a atuação dos juízes.
A Casa Branca chamou a aprovação da lei de “desafortunada”. “Como um amigo de vida toda de Israel, presidente Biden publica e privativamente expressou sua visão de que as grandes mudanças na democracia devem, para ser duradouras, vir do maior consenso possível”, disse a secretária de imprensa Karine Jean-Pierre.