O secretário extraordinário da Reforma Tributária, Bernard Appy, é um homem sob pressão esta semana. Com o anúncio de Arthur Lira de correr para colocar a PEC da reforma tributária em votação antes do recesso parlamentar, entidades de classe e setores que imaginam que melhor do que está não fica — caso de prefeitos e governadores pelo país — tentam constranger deputados a não fazer o que Lira e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad querem: o sim pela aprovação da PEC.
Nesta segunda-feira (3), Appy participou do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável, o novo nome do velho “Conselhão”, instituído nas gestões anteriores de Lula. Ele defendeu seu modelo de IVA dual, que substitui, como disse na reunião do Conselhão “cinco tributos complexos e disfuncionais”.
Mais tarde, Appy voltou à cena para rebater ataques da Abras, a Associação Brasileira de Supermercados, cujos porta-vozes espalharam a hipótese de uma majoração de formidáveis 60% com o possível advento do IVA no preço da cesta básica.
“Não vai acontecer”, disse. “Não tem aumento de tributação da cesta básica.”