A Meta, controladora do Facebook e do Instagram, fez o anúncio nesta terça-feira (27). Com isso, as ferramentas de supervisão parental lançadas ano passado ganharam novos recursos.
Para o Instagram, por exemplo, foram instaladas formas de bloquear interações indesejadas entre jovens e adultos. Uma delas é que o chat funciona apenas para envio de conteúdos em texto, evitando o tráfego de imagens, áudios e vídeos nocivos.
Especialistas questionam o real benefício dessas ferramentas, já que elas não funcionam “automaticamente”, mas precisam ser ativadas pelos usuários. Eles alegam que o envolvimento dos pais na maneira como os filhos utilizam as redes sociais não é uma realidade para muitas famílias.
Com a novidade, a Meta está se posicionando em relação ao escrutínio cada vez mais maior sobre os efeitos negativos do uso das redes sociais na saúde mental de crianças e adolescentes.
Essa é uma discussão que já vem há algum tempo e que tem entre seus principais porta-vozes, Vivek Murthy, Cirurgião Geral dos Estados Unidos e autoridade máxima de Saúde Pública no país.
Murthy lançou em maio o guia Social Media and Youth Mental Heath. A publicação de 25 páginas discorre sobre o tema, conclamando empresas de tecnologia e órgãos reguladores a fazer sua parte, além de indicar como pais, crianças e adolescentes devem lidar com a questão.
Segundo Murthy, enquanto não existem evidências científicas que comprovem a segurança do uso de redes sociais sobre a saúde mental de jovens usuários, é preciso adotar medidas de proteção a fim de evitar problemas futuros.