Em live presidencial, Lula tenta equilibrar afetos para agrobusiness e agricultura familiar

Marcos Uchôa e Lula || Créditos: Reprodução

Em streaming semanal, presidente aproveita lançamento do Plano Safra para agradar players do campo; ao final, mostra preocupação com "meninada" brasileira

Em mais uma edição de sua live presidencial, Lula falou novamente nesta terça (27) com o âncora Marcos Uchoa, ex-TV Globo que cancelou na enésima hora sua candidatura a deputado federal pelo PSB em 2022.

Lula falou logo do tema do agro, aproveitando que o governo lança agora mais um Plano Safra, de crédito para o agronegócio, de cerca este ano de R$ 420 bi.

Rapidamente, o presidente passeou pela discussão das ocupações de terra. Disse que pretende se antecipar a elas ao fazer uma “prateleira de terras improdutivas”. Mas voltou a contemporizar fazendo carinhos ao agronegócio, dizendo que os dois — o agronegócio e os pequenos agricultores familiares — têm de ser valorizados.

Em dado momento, ao falar do juro para o homem do campo, Lula voltou a criticar “aquele cidadão”, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, por manter os juros na taxa estratosférica de 13,75%. A crítica já até parece subliminar, sai como que involuntariamente da boca do presidente.

(Campos Neto responde a essa crítica dizendo que não é justo “fulanizar” as decisões do Comitê de Política Econômica, o Copom, do Banco Central, em uma única pessoa, ou seja, nele.)

Por fim voltou a um certo clima de campanha: “A palavra certa não é governar. É cuidar do povo”. E mostrou preocupação com os jovens brasileiros. “A educação, a cultura e a oportunidade, é isso o que a gente tem de garantir”.

“A meninada de hoje está mais desesperada de quando eu tinha 17 anos.”