Ainda que se possa discutir a existência de um ranking que compara apenas empresas atuantes nos Estados Unidos – desconsiderando suas receitas globais –, o ranking das “500 mais” da revista Fortune segue bastante esperado – e hypado. E nesta segunda (5) ele veio a lume. A Apple, que sempre lidera esse tipo de lista, pois por vários anos vem sendo a empresa de maior valor de mercado do mundo, aqui come poeira, já que não é esse critério, nem o lucro líquido, que definem o pódio. Mas o corte que nos interessa aqui é menos o faturamento bruto ou o salto de posições em relação ao ano anterior, mas a diversidade. CEOs mulheres que lideram as “500 mais” são, evidentemente, em menor número do que CEOs homens. São 52 agora, oito a mais em relação a 2022. E CEOs negros, apenas oito, ou 1,6% da lista, apesar de os negros representam 13% da força de trabalho estadunidense. Um dos oito CEOs da lista é Christopher Womack, da Southern Company, empresa de energia baseada em Atlanta (Geórgia). Na companhia há três décadas, ele já foi chairman e CEO da maior subsidiária do grupo, a Georgia Power. Ao comentar a recente promoção em sua conta no LinkedIn, “Chris” atribuiu o “sucesso” da empresa à força de trabalho de 27 mil colaboradores “dedicados e perseverantes”. E sobre o que vem pela frente, prognostica um tempo de “sustentabilidade, engenho e dedicação total aos stakeholders”.(Créditos: Reprodução/Twitter)
Comandante de uma marca extremamente conhecida nos Estados Unidos, a varejista farmacêutica Walgreens, Roz Brewer está há dois anos no cargo, tendo ascendido em plena pandemia de Covid-19. A empresa, que faturou US$ 133 bi em 2022, tornou-se, na visão da executiva, um ponto de “conexão humana” nos meses mais duros da pandemia, quando tais conexões rareavam ou estavam completamente interditadas. A empresa diversificou sua linha de atuação, crescendo para o setor de cuidados médicos ao adquirir empresas por todo o país. Presente ao Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça, em 2022, Roz disse que “há muito tempo acredita que as organizações excepcionais entendem que a cultura corporativa tem de estar no centro de seus resultados”. (Crédito: Divulgação/Starbucks)
CEO desde maio de 2021 da companhia de previdência privada Tiaa, Thasunda Brown Duckett fez carreira no mercado financeiro. Foi CEO do Chase por quatro anos e meio antes de se mudar para a centenária Tiaa, que faturou U$ 40,9 bi em 2022 e iniciou suas operações buscando prover aposentadoria confortável para professores. Recentemente, Thasunda fez o discurso inaugural de um MBA para alunos da famosa escola de negócios Wharton, da Universidade da Pensilvânia, e ali contou que “aprendeu tudo o que precisava para ser CEO” ainda quando criança, ao começar a ver forjado seu caráter. Na apresentação, a executiva fez uma distinção entre “título” e “caráter” para dizer que embora tenha sido introduzida ali como presidente da Tiaa, o que a define melhor é exatamente seu caráter. “O caráter está no jeito que lidero, da maneira como trato os demais, naquilo que eu espero de mim mesma”, disse. (Crédito: Reprodução/LinkedIn)
Concentrando as funções de chairman e CEO da varejista Lowe´s, Marvin Ellison conhece o setor. Acumulou as mesmas funções na famosa JCPenney antes de se mudar para a Lowe´s, especializada em materiais de construção e artigos para o lar, que faturou US$ 97,1 bi em 2022. Em seus dois anos como CEO, Elllison incrementou o atendimento multicanal sem preterir as lojas físicas, críticas em seu negócio. Para ele, “aprendizagem contínua”, “iniciativa” e “coragem” são atributos essenciais de um líder corporativo. Entidade que congrega o setor de varejo do Estados Unidos, a NRF (de National Retail Federation) concedeu recentemente o prêmio de “empresário visionário” do país para Elison.(Crédito: Divulgação/Lowe’s)