Do trio de ferro que comandou a CPI da Covid-19 no Senado em 2021, o relator Renan Calheiros (MDB-AL) é o mais vocal em pedir o retorno da comissão. Nesta quarta (25), ele disse que nova versão da CPI da Covid-19 é “imperiosa”.
“Governo empaca no negacionismo, operado pelo ogro Marcelo Queiroga. Boicotou a vacinação de crianças, provocou a hesitação dos pais, causou um apagão de dados e até cloroquina recomendaram. São crimes continuados”, escreveu.
Governo empaca no negacionismo, operado pelo ogro Marcelo Queiroga. Boicotou a vacinação de crianças, provocou a hesitação dos pais, causou um apagão de dados e até cloroquina recomendaram. São crimes continuados. Uma nova CPI é imperiosa. Essa gente só entende essa linguagem.
— Renan Calheiros (@renancalheiros) January 25, 2022
Mas o pedido de Renan talvez seja uma “declaração de Internet”, na imagem formidável do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, que criou o conceito para justificar o injustificável: a grita de Jair Bolsonaro contra a compra pelo ministério, em 2020, da CoronaVac, trazido ao Brasil pelos esforços do governador paulista João Doria.
Apesar dos novos deslizes do governo federal na condução da crise da Covid, não há qualquer clima político para uma nova CPI, ainda mais em ano eleitoral. Mas é possível ir ao STF para barrar atos e omissões da Esplanada, como fez o senador Randolfe Rodrigues, que foi vice-presidente da comissão.
Na segunda (24), seu partido, a Rede Sustentabilidade acionou o Supremo no intuito de suspender nota técnica emitida pelo médico Helio Angotti, secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde, que, em pleno janeiro de 2022, conseguiu firmar documento que não atesta eficácia comprovada nas vacinas contra a Covid-19, mas sim da hidroxicloroquina.
A nova temporada do remake de Feitiço do Tempo promete.