Por harmonização facial, médicos isolam dentistas, que armam contra-ataque

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Projeto em análise no Congresso tenta circunscrever procedimento apenas à categoria médica, a despeito do conhecimento dos odontologistas

Celebridades como a apresentadora Xuxa, o ginasta Dyego Hipólito, e o DJ Alok ajudaram a popularizar a harmonização facial no Brasil. Atualmente, procedimentos estéticos são feitos por médicos e profissionais de outras especialidades, como dentistas e biomédicos.

Pois bem: tramita no Congresso Nacional um projeto que circunscreve a atividade ao círculo estritamente médico. Com isso, os dentistas, previsivelmente, preparam o contra-ataque. A ideia é criar a profissão de harmonizador facial – e, na regulamentação, inserir os dentistas entre os seus executantes.

Um dos argumentos que os dentistas usam para defender a ideia é o de que eles conhecem os locais mais sensíveis do rosto.

A briga envolve um mercado bilionário, já que, segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, o procedimento fica entre R$ 4 e R$ 9 mil – mas, em alguns casos, o céu é o limite.

Uma das últimas profissões regulamentadas no Brasil foi a de xilografista, em 2017.