Após conter a crise nas Forças Armadas (ou, como querem alguns, criar a crise com as Forças Armadas) na semana passada, o novo ministro-chefe da Casa Civil, general Luiz Eduardo Ramos, foi incumbido de uma nova tarefa: fazer corpo a corpo com os parlamentares em nome da reforma administrativa.
Ramos tem demonstrado disposição na articulação política, marcando inúmeros cafés e reuniões online para falar dos projetos do governo que precisam de apoio do Congresso.
O general ainda precisa conseguir mais contatos no Centrão, ainda que ele tenha agora como colega no ministério a deputada licenciada Flávia Arruda, que veio ocupar a Secretaria de Governo, que controla o cofre da União, e que é “peixe” de Arthur Lira.
À frente da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos tem mais mobilidade do que tinha na Secretaria de Governo. Se não isso, ao menos não precisa mais ser responsabilizado pelos rombos nas burras federais produzidos em acordos com o Congresso. Sob a gestão de Flávia Arruda na “Segov”, esses buracos viraram “problema deles”, não mais “problema nosso”.