Imóveis célebres para filmes memoráveis

Créditos: Divulgação; reprodução

Uma seleção de construções célebres que serviram de locação para filmes memoráveis, e que, pela beleza dos projetos e harmonia de suas linhas, roubaram a cena

Por Ana Elisa Meyer

MEU TIO (1958); de Jacques Tati
O filme Meu Tio (Mon Oncle), do diretor francês Jacques Tati, mostra como o modernismo se reflete na vida cotidiana e doméstica da sociedade do fim dos anos 1950. A casa fictícia Villa Arpel é uma bolha moderna isolada por seus muros, com apenas um grande portão onde um automóvel pode servir de conexão com a cidade. Marcante, um jardim à francesa se presta à contemplação.

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O DESPREZO (1963), de Jean-Luc Godard
Produzido por Carlo Ponti, dirigido pelo francês Jean-Luc Godard e com Brigitte Bardot no elenco, O Desprezo (Le Mépris) foi filmado na incrível Casa Malaparte, localizada em Punta Massulto, na ilha de Capri, na Itália. Um exemplo eloquente do modernismo italiano, famosa por sua cobertura e paredes avermelhadas.

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DIREITO DE AMAR (2009), de Tom Ford
Com sentido estético apurado, era de se esperar que Tom Ford escolhesse o projeto de um arquiteto destacado como o americano John Lautner para ser a casa do protagonista de seu Direito de Amar (A Single Man), vivido pelo ator britânico Colin Firth. Situada em Glendale, na Califórnia, a Schaffer Residence foi construída em 1949 com muita madeira de pinho e vidro, materiais que a fazem se integrar harmoniosamente à paisagem do entorno.

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O ANO PASSADO EM MARIENBAD (1961) de Alain Resnais
Filmado em preto e branco, O Ano Passado em Marienbad (L’Année Dernière à Marienbad), do diretor francês Alain Resnais, é um dos filmes mais incompreendidos da história do cinema, apesar de extremamente belo e poético. Algumas cenas da trama, que é ambientada em um luxuoso hotel repleto de salões com lustres rebuscados, escadarias vertiginosas, corredores infinitos, muitos espelhos, estátuas e um jardim inesperado, foram rodadas nos castelos Nymphenburg e Schleissheim, em Munique, Alemanha, em 1960.

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PARASITA (2019), de Bong Joon-ho
O surpreendente Parasita, dirigido e roteirizado por Bong Joon-ho, ganhou a Palma de Ouro do Festival de Cannes e o Oscar de melhor filme em 2019. A produção capta o zeitgeist deste início do século 21 ao retratar o abismo social crescente das famílias de Seul, a capital sul-coreana. A locação principal é uma casa contemporânea com fachada de vidro impressionante construída especialmente para o filme. O cenógrafo Lee Ha-jun percorreu diversos terrenos vazios até achar um que tivesse bastante luz do sol ao longo do dia.

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DA ANIMAÇÃO
Casas que saíram das pranchetas dos desenhistas direto para o imaginário de gerações de espectadores

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