Sustentabilidade: Estratégias para a redução do lixo marinho no Rio de Janeiro

Foto Tania Rego

O estudo realizado por especialistas e ativistas enfoca os desafios enfrentados devido ao acúmulo de lixo nos mares do estado do Rio de Janeiro, destacando impactos significativos na biodiversidade, saúde e economia local. O presidente da Associação dos Pescadores, Maricultores e Lazer do Sahy, Paulo Santana, descreve a realidade da pesca afetada pelo excesso de resíduos, ressaltando a necessidade de soluções urgentes. A cerimônia de entrega do documento, composto por 90 páginas, ocorreu no Museu do Amanhã, com a participação de autoridades ambientais e representantes da sociedade civil.

A Rede Oceano Limpo, liderada pela Unesco, propõe 32 ações estratégicas para combater a poluição marinha, identificando áreas críticas, como a Baía de Guanabara. Os impactos do lixo no mar incluem ameaças à fauna marinha, como a ingestão e emaranhamento de animais, e consequências diretas na saúde humana devido à presença de microplásticos nos alimentos. Além disso, há impactos econômicos, como a perda de receitas no turismo devido à poluição das praias.

O estudo destaca a responsabilidade compartilhada entre governos, sociedade civil e indivíduos, ressaltando a importância da educação ambiental e da conscientização. As recomendações abrangem diversos eixos, desde investimentos em ciência e tecnologia até estratégias de monitoramento e avaliação. A participação ativa do Estado é crucial, como evidenciado pelo compromisso do Instituto Estadual do Ambiente em apoiar as ações de enfrentamento ao lixo no mar.

A sociedade civil desempenha um papel fundamental na construção de soluções sustentáveis, conforme enfatizado pela gestora da Rede Oceano Limpo-RJ, Jemilli Viaggi. O engajamento dos municípios também é essencial, visto que a gestão de resíduos sólidos está sob sua responsabilidade. O dossiê entregue ao Grupo de Trabalho de Lixo no Mar evidencia a urgência e a complexidade do problema, mas também oferece um roteiro claro para ações eficazes.

Em meio aos desafios, há uma perspectiva de cooperação e progresso, exemplificada pela realização do Oceans 20 (O20), onde a comunidade internacional busca soluções para questões oceânicas. A busca por uma estratégia de longo prazo, envolvendo todos os atores relevantes, é crucial para garantir a preservação dos mares do Rio de Janeiro e seu ecossistema único.

 

Fonte: Agencia Brasil