Em diferentes locais de Brasília, três grupinhos diferentes discutiam ontem um mesmo assunto: a vontade que aliados do governo têm de, nas palavras deles, “moralizar” o STF.
Para isso seria necessário tentar conseguir o impeachment de um dos 11 ministros.
Um já serviria como exemplo.
O futuro presidente do Senado, que toma posse em fevereiro, poderia já sair de fábrica com essa “jihad” inoculada.
Parlamentares, integrantes do governo e o pelotão de defesa do presidente Jair Bolsonaro explicaram, em conversas reservadas com jornalistas e lobistas, nesta segunda-feira (12), que existe uma vontade explícita da base bolsonarista de “impedir que o Supremo fique solto demais”.
O que incomoda são as decisões monocráticas, a demora nas vistas de processos estratégicos e o que eles qualificam como “ataques à democracia”, que é o envolvimento do Judiciário em questões envolvendo os outros poderes.
Questionados, defensores do Planalto dizem que a ideia não partiu do presidente.
Caso a coisa não se processe ainda nesta legislatura, existe uma conversa no parlamento de que Bolsonaro vai investir pesado nas eleições de 2022 para conseguir amealhar 20 parlamentares dispostos a cortar a cabeça de um dos ministros da Corte.