Por Bernardo Bittar, de Brasília
Para ficar melhor, só se fosse na Câmara, que na fase pré-Rodrigo Maia era comandada por um polêmico Eduardo. Mas é no Senado que dois Eduardos, ambos do MDB, digladiam-se pela indicação do partido.
Interessados pela presidência da “câmara alta” têm sido inconvenientes ao telefonar incessantemente para os parlamentares nesta semana.
É que, após a determinação do STF, que aplicou a norma constitucional e vetou a reeleição dos presidentes das casas numa mesma legislatura, o jogo (quase) começa do zero.
Contabilistas do governo fizeram os cálculos: segundo eles, o atual presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP) tinha ao menos 35 votos garantidos para sua reeleição. Como a recondução foi para o cemitério, sua última cartada poderia ser um sucessor, mas ele quer um perfil independente.
Esse nome seria o de Simone Tebet (MDB-MS), presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e potencial candidata ao cargo. O problema é que no partido há uma briga entre Eduardos que está fora da alçada da senadora.
Eduardo Gomes (TO) e Eduardo Braga (AM) querem entrar no páreo sem concorrentes na sigla. Mas Gomes sai na frente por ter a benção de Jair Bolsonaro.
Uma vez definido esse assunto, aí, sim, haverá discussão sobre a participação de Simone.
Também estão na luta pelo cargo os senadores Antonio Anastasia (PSD-MG) e Álvaro Dias (Podemos-SP).
Ganhar o direito de ser o candidato emedebista, vale lembrar, não significa ganhar a eleição para a presidência. Mas tem certo gostinho de vitória…