Falar de crise na Argentina é mais ou menos como dizer, nas editorias de esporte, “crise no Palmeiras” (antes da Parmalat e do Abel Ferreira, bem entendido).
Mas ao óbvio ululante somou-se um elemento novo neste 2023 em que o país vive nova eleição presidencial. A atual chapa governista simplesmente não irá concorrer à reeleição.
Tanto o atual presidente, Alberto Fernández, nem a vice e ex-presidente, Cristina Kirchner, anunciaram que estão fora. A inflação campeia no país, minando as chances de Fernández, e Cristina, ainda que muito popular, sofreu grande desgaste com o processo movido pela promotoria, que poderia levar à sua prisão.
Embora seja corresponsável pelos desígnios de seu país, Cristina reclamou de decisões econômicas como um acordo com o FMI e chamou a situação argentina de “brutal”.