Ao nomear Fernando Haddad como seu futuro ministro da Fazenda, Lula acabou confirmando a principal aposta dos formadores de opinião. Pistas, é verdade, houve, já que o ex-prefeito paulistano se encarregou de representar Lula em diversos foros em que o capital, digamos, esteve reunido, como um simbólico almoço da Febraban, no fim de novembro.
Pois bem, com a confirmação de Haddad nesta sexta (9), logo começaram as apostas subsidiárias, e um dos nomes apontados com insistência para uma das mais importantes secretaria do redivivo ministério da fazenda é de Bernardo Appy.
Appy, que já foi secretário de política econômica de Lula nos anos 2000, leva a credencial de ser o principal mentor da tão propalada reforma tributária que ora tramita no Congresso Nacional. Se seu nome for de fato confirmado, mais do que alguma sinalização para o mercado de que algum compromisso com responsabilidade fiscal está a caminho em Lula 3, o que deve transparecer é um esforço, enfim, pela reforma tributária.
Reforma que é considerada essencial para reverter a injustiça tributária brasileira, que é regressiva, onerando o consumidor e os mais pobres, mas que jamais é feita – Lula e Dilma tiveram 14 anos para isso, e passaram batido.