Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) se encontraram ao menos duas vezes nos últimos 15 dias, em Brasília, fora do horário de expediente. Ficou de fora desses get-togethers o ministro Nunes Marques, o Kassio Comká, na blague do jornalista Reinaldo Azevedo, primeira indicação de Bolsonaro, ainda em 2020, para a Corte.
O alinhamento entre Kassio e o palácio do Planalto desgastou a imagem do ministro entre os pares.
Para alguns magistrados da Corte, Comká tem marcado posições muito contrárias ao que o plenário do STF espera, como no pedido de vista para a ação que julga decretos presidenciais sobre compra de armas e flexibilização do rastreio de munição, e a autorização monocrática para o funcionamento de igrejas no feriado de Páscoa, no pico da segunda onda de Covid-19 no Brasil.
Embora se mantenha próximo do Planalto, o ministro não é procurado pelo presidente como no começo da “relação”, em outubro de 2020.