Em evento pomposo, o PSD anunciou nesta quarta (27) a filiação do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (MG). Conforme “chamamento” do presidente da sigla, o ex-senador Gilberto Kassab, Pacheco passa a ser o candidato a presidente da República do partido em 2022 – ou, ao menos, alguém que pode agregar algum valor à fatura que Kassab irá cobrar por seu apoio a candidaturas mais competitivas lá na frente.
No discurso no Memorial JK, em Brasília, fazendo jus à origem mineira de Pacheco, em presença de senadores, deputados, governadores e prefeitos da sigla, o senador elogiou a “determinação” do líder Kassab, agradeceu perto de 1 milhão de pessoas e fez inequívoco discurso de campanha.
“Mais do que um partido maduro e ator importante na cena política brasileira, o PSD é comprometido com o Brasil”, começou. “Vivemos um momento de enorme preocupação com o futuro de nossa gente”.
Falou ainda que é esse o “momento mais difícil de nossa historia”, que o “último biênio foi tristemente marcante”. E mesmo que meia palavra bastasse para que os bons entendedores entendessem, Pacheco prosseguiu:
“Temos desafios enormes pela frente, desafios que precisam ser enfrentados. O desafio da pandemia, o desafio social, o desafio da área ambiental, uma agenda de que não podemos nos apartar, os desafios da saúde e da educação de qualidade, da produção de energia.”
“E agora também o desafio da fome, flagelo inaceitável que tem castigado tantos e tantos brasileiros, e isso num país tão rico e produtor de alimentos como o nosso.”
Ainda houve comentários sobre o preço do gás.
O Planalto certamente não demorará a responder.