Por Bernardo Bittar, de Brasília
Que ninguém se surpreenda se, quando abrir a próxima vaga do Supremo Tribunal Federal (STF), ano que vem, o escolhido for o ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST) Ives Gandra Martins Filho.
Aos 61 anos, o magistrado, como a maioria dos juristas, deseja se aposentar na suprema corte.
Ele visitou o presidente Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto em busca de indicação para a vaga de Celso de Mello, que ficou com Kassio Nunes Marques.
Contudo, segue fazendo afagos para tentar ganhar a próxima cadeira, a de Marco Aurélio Mello, que faz 75 anos em julho, tendo então de se aposentar.
Ives Gandra flerta com o Supremo desde a época de Michel Temer e é considerado uma opção, dizem assessores do presidente.
O que pode atrapalhar é uma questão, digamos, de fé. Gandra é terrivelmente católico, e, como é sabido, Bolsonaro quer um super evangélico na cúpula do Judiciário.