Que ninguém se surpreenda se, com a demora na aprovação da reforma tributária, duas figuras sejam apontadas – um esgar discreto aqui, uma piada acolá – como culpados pelo interminável imbróglio.
Primeiro e mais óbvio, Paulinho Guedes, ministro da Economiazinha, que se recusou a endossar os projetos que já fervilhavam nas duas Casas do Congresso – chegaram a ser quatro.
Depois, o homem do botão amarelo, ele, Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados que derrubou o projeto relatado por Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) por pura picuinha, já que o paraibano apoiou Baleia Rossi (MDB-SP) durante as eleições para a Mesa Diretora da Casa.
Aguinaldo foi relator do projeto nidificado na gestão Rodrigo Maia por mais de um ano.
Lira preferiu ficar com o texto proposto pelo ministro Guedes, que ainda não saiu do papel.
Dizem que o problema, até agora, é a ideia que Paulinho não abre mão: tributar em 20% dos dividendos distribuídos aos acionistas em empresas pequenas, médias e não tão pequenas e médias. Uma briga de cachorro grande.