O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), intensificou a cobrança à Polícia Federal (PF) para obter respostas sobre informações fornecidas pela plataforma X, anteriormente conhecida como Twitter, em investigação que envolve Elon Musk. A suspeita de obstrução de justiça começou a ser investigada em abril, após declarações de Musk que indicavam resistência em cumprir ordens judiciais do STF.
A rede social justificou que contas suspensas participaram de transmissões ao vivo devido a uma “falha técnico-operacional”. A empresa também negou ter reativado perfis que estavam bloqueados por determinação da Justiça. Contudo, Moraes destacou a necessidade de uma análise criteriosa por parte da Polícia Federal para verificar a veracidade dessas alegações.
Em setembro, o ministro já havia solicitado que a PF verificasse a validade das explicações apresentadas pela plataforma. Apesar disso, a Polícia Federal ainda não enviou o parecer solicitado. Moraes deixou claro que somente após essa análise o caso será encaminhado à Procuradoria-Geral da República (PGR), etapa essencial para determinar os próximos passos da investigação.
O caso ganhou maior atenção em agosto, quando Moraes suspendeu temporariamente o funcionamento da rede social X no Brasil. A decisão foi revertida em outubro, após a plataforma pagar multas, bloquear contas problemáticas e nomear um representante legal no país.