Dois militares envolvidos na segurança da cúpula do G20 foram presos sob suspeita de planejar um ataque contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A operação, conduzida pela Polícia Federal, revelou detalhes de uma conspiração que incluía o assassinato de Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Os majores Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra de Azevedo foram detidos no Comando Militar do Leste, no Rio de Janeiro, onde estavam em atividade na Garantia da Lei e da Ordem (GLO) durante o evento internacional. Segundo a investigação, os dois participaram da elaboração de um plano chamado “Punhal Verde e Amarelo”.
Conspiração detalhada e novos indícios
O plano, descrito como minucioso, incluía a utilização de recursos bélicos e a criação de um gabinete paralelo para gerenciar as repercussões institucionais do golpe. Mensagens recuperadas do celular do tenente-coronel Mauro Cid, que colaborou com as investigações, revelaram reuniões para planejar as ações.
Em novembro de 2022, membros do grupo conhecido como “Kids Pretos”, formado por militares especializados em Operações Especiais, se reuniram em Brasília para discutir o golpe. As mensagens trocadas por Oliveira e Azevedo demonstram a intenção de recrutar mais integrantes do Exército para participar da ação.
Monitoramento da segurança presidencial
Além das minutas golpistas, os investigadores identificaram levantamentos detalhados sobre a rotina de segurança do presidente Lula e do ministro Alexandre de Moraes. O grupo coletou informações sobre armamentos e horários de deslocamento das equipes de segurança, expondo a gravidade da conspiração.