Poder Saúde: Hoje é Dia Mundial do Orgasmo! Por que mulheres na menopausa têm mais dificuldade de atingir o clímax?

Além da redução da libido, mulheres na menopausa também sofrem com menor intensidade das sensações prazerosas e uma resposta orgástica mais lenta. No entanto, estratégias como masturbação, terapia hormonal e uso de acessórios sexuais podem ajudar a alcançar o clímax mais facilmente.

Orgasmo ainda é um assunto tabu, especialmente para mulheres. Muitas, inclusive, desconhecem a sensação. Dados apontam que 70% a 80% das mulheres não conseguem atingir o orgasmo nas relações sexuais tradicionais, sem um estímulo direto no clitóris. O problema é ainda mais grave quando as mulheres alcançam a menopausa. “Na menopausa, atingir o orgasmo torna-se ainda mais difícil. A intensidade das sensações prazerosas diminui nessa fase, e a resposta orgástica é mais lenta e menos intensa”, diz o ginecologista Dr. Igor Padovesi, membro da North American Menopause Society (NAMS), da International Menopause Society (IMS) e associado à Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo). Além disso, há uma diminuição da função e desejo sexual. “Uma série de fatores pode prejudicar a libido na menopausa, mas temos, principalmente, uma questão hormonal. A queda nos níveis hormonais prejudica o desejo e a resposta sexual”, pontua.

Mas existem algumas maneiras de facilitar o orgasmo mesmo na menopausa. Uma delas é a prática da masturbação, que é fundamental para o autoconhecimento e para conquistar uma relação mais saudável com a própria sexualidade e com o próprio corpo. “Essa prática ajuda a mulher a conhecer o corpo e saber como e onde ela tem mais prazer, o que melhora a satisfação sexual nas relações”, destaca o Dr. Igor, que afirma que a masturbação também tem outros benefícios para mulheres na menopausa. “Assim como o sexo, a masturbação estimula o fluxo sanguíneo da região genital, o que pode melhorar a lubrificação e ajudar a combater o ressecamento vaginal; também fortalece os músculos do assoalho pélvico, reduzindo a incontinência urinária e aumentando a sensibilidade; e ainda libera substâncias que causam relaxamento e ajudam no combate ao estresse e às flutuações de humor”, diz o ginecologista.

Dr. Igor Padovesi

Outra estratégia que pode ajudar na satisfação sexual é o uso de acessórios, de acordo com o Dr. Igor Padovesi. “Para conseguir chegar ao orgasmo com mais facilidade, a mulher precisa de algum estímulo no clitóris. O uso de brinquedos sexuais tornou-se algo prescrito pela medicina. Isso melhora a satisfação da mulher, não só quando se masturba sozinha, mas também quando tem um parceiro. Geralmente, recomendamos o chamado bullet (vibrador) como o primeiro sex toy da mulher, pois é pequeno, tem um formato discreto e proporciona um estímulo vibratório para atuar no clitóris”, aconselha.

O médico ainda destaca que a dificuldade de atingir o orgasmo só piora com o passar do tempo, especialmente quando as mulheres não realizam a terapia hormonal, que é a principal estratégia comprovada para recuperar a libido e a satisfação sexual das mulheres na menopausa. “O tratamento atua diretamente na principal causa do problema: o desequilíbrio hormonal. É cientificamente comprovado que, quando realizado corretamente, a terapia hormonal, além de ser muito segura, é capaz de melhorar a função sexual, pois trata os sintomas da síndrome geniturinária da menopausa (SGM), como falta de lubrificação, atrofia vaginal e dor na relação sexual, além de melhorar a libido e a satisfação sexual”, diz o Dr. Igor Padovesi, que, por fim, ressalta que a terapia hormonal é segura e eficaz, mas é importante que a mulher, assim que notar os primeiros sintomas da menopausa, busque um médico especializado para passar por uma avaliação e receber o tratamento adequado.

FONTE: DR. IGOR PADOVESI – Médico ginecologista, membro sênior da European Society of Aesthetic Gynecology (ESAG), da North American Menopause Society (NAMS), da International Menopause Society (IMS) e associado à Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), onde já fez parte da Diretoria de Comunicação Digital (2016-2019). É doutorando em Ginecologia pela UNIFESP, com projeto na área de cirurgias íntimas. Formado e pós-graduado pela USP, onde foi preceptor da Disciplina de Ginecologia. Ex-instrutor dos cursos de pós-graduação e outros cursos da área de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital Albert Einstein e membro do corpo clínico do mesmo hospital. Criador dos projetos Menopausa ComCiência, SPMothers e fundador do Instituto de Cirurgia Íntima. Conquistou em 2024 o prêmio internacional com o 1º lugar no Congresso Mundial de Ginecologia Estética na Colômbia, com trabalhos científicos sobre ninfoplastias. Instagram: @dr.igorpadovesi | Sites: igorpadovesi.com.br; menopausacomciencia.com.br

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