Aos 92 anos, Rupert Murdoch, o talvez mais famoso tycoon da mídia do mundo, decidiu que era hora de parar. O australiano, controlador e presidente dos conselhos da Fox e da News Corp, anunciou nesta quinta-feira (21) que está a pegar o boné.
Murdoch herdou um pequeno jornal do pai em Adelaide, na Austrália, para se tornar em algumas décadas um “Kane” da virada do milênio. A compra do tabloide The Sun, na Inglaterra, em 1969, rapidamente transformado em máquina de destruir – e às vezes forjar – reputações; a fundação da TV por satélite Sky, em 1989; e o lançamento da Fox News nos Estados Unidos sete anos depois são os marcos temporais do império Murdoch.
Foi sob o comando, ou anuência, de Murdoch, que a Fox News tornou-se um braço da direita e do conservadorismo, e depois do trumpismo, nos Estados Unidos.
Na carta enviada a funcionários dando conta de sua saída, Murdoch segue a prometer ver suas companhias a cerrar fileiras pelos conservadores – e utiliza, claro, a expressão mágica “liberdade de expressão”.
“Temos todas as razões para sermos otimistas em relação aos próximos anos – certamente eu estou, e planejo estar aqui para participar deles. Mas a batalha pela liberdade de expressão e, em última instância, pela liberdade de pensamento, nunca foi tão intensa.”