Chegada de parlamentar que tramou para comprometer Alexandre de Moraes elevaria para três o número de senadores da sigla, mínimo necessário para manter sala; direção nacional veta
A crise do PSDB é mais ou menos como a do Flamengo em 2023: só piora. Agora, como revelou o site Poder 360, por amor de um mero gabinete no Senado, a legenda busca tentar filiar o senador bolsonarista Marcos Do Val (Podemos-ES), o carinha da Swat, o parlamentar que inventou versões distintas de uma suposta conversa com Jair Bolsonaro para tentar comprometer o ministro do STF Alexandre de Moraes.
Do Val tramaria, com ou sem o consentimento de Bolsonaro – depende da versão que o capixaba decidir contar –, para grampear Moraes e, de posse de gravações, constranger o ministro a fim de fazê-lo deixar a liderança do processo das fake news no Supremo.
Emparedado pela jornalista Natuza Nery, do grupo Globo, sobre a notável operação de grampo, o senador saiu-se com uma tal “estratégia de persuasão”. Mentir à imprensa serviria, segundo Do Val, como estratégia de consecução de objetivos.
Coisa pesada. No frigir dos ovos, foi Do Val que acabou comprometido, e pressionado pelas próprias trapalhadas, entrou em período de licença de seu mandato. Aí permanece.
Segundo o site, o senador Izalci Lucas (PSDB-DF) quer tentar filiar Do Val a fim de tentar manter o gabinete que o partido historicamente ocupa na Casa. Trata-se de um dos melhores e mais confortáveis do Senado, segundo a fonte. O prazo para fazê-lo é até esta sexta (22) e o regimento do Senado, explica o site, exige que um partido tenha pelo menos três senadores para fazer jus ao gabinete.
O PSDB hoje conta com apenas dois senadores: além de Izalci, Plínio Valério (AM). O Poder 360 concede, no final da publicação, que a legenda é a terceira maior do Brasil, ao menos em número de filiados.
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O jornal Folha de S.Paulo informou no fim da tarde desta quinta que a direção nacional do PSDB decidiu vetar o nome de Do Val por temer danos de reputação à sigla.