No mundo do futebol, fronteiras estão sendo desafiadas e conceitos tradicionais estão sendo quebrados. Após um grande sucesso comandando a seleção feminina da Inglaterra, Sarina Wiegman surge como uma possibilidade de assumir um desafio sem precedentes: liderar a seleção masculina.
Aos 53 anos, a holandesa capturou atenção ao levar as inglesas à final da Copa na Austrália, 13 meses após vencer a Euro 2022. Sua audácia e capacidade de revolucionar o futebol a destacam, não só no feminino, mas no masculino. Com o feito na Austrália, a treinadora se tornou a única pessoa a chegar com seleções diferentes em duas finais seguidas de Copa do Mundo seguidas (em 2023, com a Inglaterra e em 2019, com a Holanda, quando foi vice-campeã). Caso seja mesmo a sucessora de Southgate, será a primeira mulher a assumir o cargo.
Mark Bullingham, executivo da Associação de Futebol Inglesa, vê em Wiegman potencial para liderar os homens. “Ela pode fazer o que quiser no futebol. Se decidir ir ao masculino, é uma discussão interessante”, disse. Suas palavras refletem a mentalidade progressista no esporte.
A trajetória da treinadora é um testemunho de sua dedicação e habilidade. Antes de se tornar treinadora, ela deixou sua marca como jogadora, somando 104 jogos pela seleção holandesa entre 1987 e 2001. Essa experiência no campo a dotou de uma compreensão profunda do jogo, que agora ela canaliza para sua liderança técnica. Debate-se se uma mulher pode comandar seleção masculina. A abordagem inclusiva de Wiegman e seu compromisso a qualificam para um papel historicamente masculino.
Enquanto nomes como Graham Potter, Frank Lampard e Eddie Howe também são mencionados como possíveis substitutos para Gareth Southgate, a contribuição singular de Wiegman para o futebol moderno não pode ser subestimada. Sua habilidade de liderança, sua capacidade de motivar jogadores e sua compreensão profunda do jogo a posicionam como uma figura única no cenário esportivo.
A possível ascensão de Wiegman à seleção masculina representa passo audacioso para um futebol mais inclusivo. Seja comandando homens ou mulheres, seu compromisso com a excelência a consolida como uma das principais mentes do futebol contemporâneo. A história é escrita e Wiegman aproxima o esporte da verdadeira igualdade.