Mercado projeta queda de 0,25% na taxa de juros, “Everest” para agentes, “Jaraguá” para Haddad

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Boletim Focus divulgado nesta segunda (31) aponta ligeira revisão para baixo da Selic; Haddad vê espaço para reduções constantes de 0,50%

O boletim Focus, compilado do Banco Central das tais “expectativas” dos agentes financeiros, mostrou que eles acreditam numa queda da taxa de juros anual (Selic) como decisão da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC desta semana. O estudo foi publicado na manhã desta segunda-feira (31).

Para quem quase nunca via perspectiva de diminuição da taxa anual, o 0,25% de queda projetada é um Everest. Para o governo federal, contudo, fixando-se na metáfora, um pico do Jaraguá.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, falando ao jornalista Luis Nassif, do GGN, neste fim de semana, prognosticou que o “ciclo de cortes vai começar” e o espaço para ele ” é bastante considerável”. O ministro disse que a inflação atual está “afetada” pela reoneração dos combustíveis “que o próprio BC reconheceu como um fator que distorcia a inflação do ano passado”.

O boletim Focus também não mexeu nas projeções do PIB de 2023 e para os próximos anos: 2,24%, 1,30% (2024) e 1,90% (2025), respectivamente, prevendo uma ligeira queda em relação à última previsão apenas em 2026. Quanto à Selic, ela segue em 12% no fim de 2023, mas há projeções de baixa (de apenas 0,25%) para os próximos anos: 9,25% em 2024, 8,75% em 2025.

A reunião do Copom desta semana é a primeira com seus dois novos integrantes, um deles Gabriel Galípolo, ex-secretário-executivo da pasta liderada por Haddad.