Em entrevista ao colunista Guilherme Amado, do portal Metrópoles, publicada nesta quarta (12), o líder do MST, João Pedro Stédile, criticou o governo Lula, chamando-o de “lerdo” e “lento”.
“O governo está muito lento, lerdo. Me atrevo a dizer, em algumas áreas, até medroso. Até agora nenhuma família foi assentada. Para um governo nosso, seis meses é muito tempo para não ter nenhuma solução objetiva. As famílias da nossa base não querem saber se o MST é amigo do Lula ou não, mas quando vão resolver o problema da terra”, disse.
Stédile ainda criticou o uso, por Lula, da palavra “invasão” — e não “ocupação” — ao falar do MST numa de suas lives; e disse que o governo “reagiu mal” a ocupações ocorridas em abril, mês em que a entidade tem historicamente atuação ativa e simbólica.
As palavras de Stédile, que deve falar à CPI do MST da Câmara Federal, parecem ter tido pouca repercussão, ao menos nas hostes oficiais — que já estão acostumadas a algumas patadas do companheiro. As contas de Twitter do presidente Lula e do ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, só falam de outra coisa.
Teixeira preferiu dar pitacos no silêncio de Mauro Cid em seus último tuítes. Na direita, tampouco houve repercussão de monta. O deputado estadual paulista Bruno Zambelli retuitou a entrevista, mas preferiu não fazer qualquer comentário sobre ela.