Mau humor da Faria Lima (e do Leblon) diminui, e Haddad começa a se tornar confiável para players

Fernando Haddad || Crédito: Washington Costa/MF

Pesquisa da Quaest com 94 tomadores de decisão de grandes casas de investimento mostra inflexão na percepção da economia brasileira

Nova rodada da pesquisa do instituto Quaest com 94 gestores financeiros e tomadores de decisão das 67 maiores casas de investimento do Brasil divulgada na manhã desta quarta (12) reforça a mudança de visão da economia do país. No que talvez seja o dado mais loquaz, 53% dos entrevistados acreditam numa melhora do cenário econômico, algo em que apenas 6% criam no começo do ano.

Outro indicador emblemático é a percepção de que a economia está na “direção certa”. Agora 47% dos entrevistados acham isso, contra 10% do levantamento anterior. O mau humor dos agentes financeiros ouvidos ainda prevalece, contudo, já que 53% veem a economia brasileira na direção errada — 90% na pesquisa anterior.

E se Lula ainda gera uma desconfiança monumental dos entrevistados — estacionada em 95% –, Fernando Haddad vem virando o jogo: o ministro da Fazenda tem a confiança de 13% dos pesquisados — no levantamento anterior, esse índice era de 2%. Seu trabalho é avaliado positivamente por 65%, índice quase três vezes maior do que na enquete prévia.

De qualquer forma, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, alvejado até em sonho por Lula, é hors concours nessa “lâmina” da pesquisa: seu índice de confiança é de 72%, cinco pontos percentuais a mais do que no levantamento prévio.