O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), vem sofrendo perda de popularidade digital ao longo deste que é seu segundo mandato à frente do Piratini. Na divulgação da última pesquisa do instituto Quaest, ainda em junho, ele aparecia em nono lugar, bem atrás de Tarcísio Gomes de Freitas (São Paulo), Raquel Lyra (Pernambuco), Ronaldo Caiado (Goiás) e até mesmo de Jorginho Mello (Santa Catarina).
Assim, o evento desta sexta-feira (30) com Lula, no lançamento de casas populares do programa Minha Casa, Minha Vida em Viamão (RS), pode dar alguma sobrevida nesse foro — ou não, dado o perfil conservador de seu eleitorado e também da preferência política de boa parte dos usuários das redes. De qualquer forma, Leite não se furtou a divulgar o evento, ainda que tenha demorado a divulgar fotos ao lado de Lula.
“Não existe povo federal, povo estadual e povo municipal. Existe um povo só, que é o povo brasileiro. Temos a obrigação de tanto quanto possível convergirmos nas nossas ações para atendermos essa população”, disse o governador.
No Twitter, as duas postagens alusivas ao evento têm quatro fotos, e Leite aparece apenas com beneficiadas pelo programa. Mais tarde, o governador postou foto ao lado de seu companheiro, o médico Thalis Bolzan, Lula e Janja.
“Em Viamão, ao lado do presidente Lula, entregamos mais do que 446 casas próprias: entregamos sonhos realizados. É emocionante ver o resultado de um trabalho coletivo e cooperativo, que agrupa forças pela população, acima de divergências e limites de governo”, escreveu.
Em Viamão, ao lado do presidente @LulaOficial, entregamos mais do que 446 casas próprias: entregamos sonhos realizados. É emocionante ver o resultado de um trabalho coletivo e cooperativo, que agrupa forças pela população, acima de divergências e limites de governo. pic.twitter.com/ARBJ57GvpK
— Eduardo Leite (@EduardoLeite_) June 30, 2023
Com Bolsonaro inelegível em 2026, o nome de Leite nas eleições presidenciais pode ganhar certa força — e ele certamente vai querer ocupar espaço na preferência dos eleitores da centro-direita não histérica. Resta saber se Tarcisão vai seguir pensando num segundo termo no Bandeirantes, abrindo espaço nessa faixa ideológica para outros candidatos.
O cavalo selado da inelegibilidade de seu padrinho, afinal, tem data marcada para voltar a ser recolhido à baia.