O recente anúncio de que a cantora pop estadunidense Taylor Swift viria se apresentar no Brasil e na Argentina no final de 2023 serviu para pelo menos três coisas:
- Levar à bancarrota os pais de garotas adolescentes nesses países, tal o preço dos ingressos;
- Ressuscitar a carreira política de Celso Russomano, ex-deputado federal conservador e conhecido cavalo paraguaio de eleições majoritárias paulistas, que foi com seu programa de TV de extração popular cobrir a atuação de cambistas nas enormes filas de vendas dos ingressos, em São Paulo;
- Reeditar a ligação do presidente do Chile, Gabriel Boric, com a juventude de seu país, o que talvez não seja suficiente para diminuir as dificuldades de governabilidade que sua administração enfrenta.
Boric é fã de Taylor Swift, ou ao menos assim gosta de se apresentar, tendo em janeiro de 2022 já se manifestado em favor da compositora numa polêmica que envolveu o músico Damon Albarn, das bandas de britpop Blur e Gorilazz.
Albarn havia dito ao jornal Los Angeles Times que Taylor não compunha as próprias músicas, o que soou como anátema para o gigantesco fã clube da artista, dado o teor autobiográfico das canções da estadunidense.
Boric foi ao seu Twitter defendê-la com veemência.
Nesta terça (20) veio a público a mensagem que o presidente chileno enviou na noite de segunda (19) para Taylor, sugerindo que ela encontre uma data para se apresentar em seu país. O enorme sucesso das vendagens iniciais ensejou a abertura de novos shows em Buenos Aires, Rio e São Paulo. Boric agora tenta fazer a Eras Tour fazer um pequeno desvio por sobre os Andes.