Ciro Nogueira interrompe samba de uma nota só contra Lula3 para desdenhar de Zambelli

Ciro Nogueira e Carla Zambelli II Crédito: Jefferson Rudy/Agência Senado/Bruno Spada/Câmara dos Deputados

Senador chamou-a de "louca" por protagonizar evento com arma de fogo e tomou revide com menção à lista de propinas da Odebrecht

O senador pelo Piauí e ex-ministro da Casa Civil de Bolsonaro, Ciro Nogueira, figura eminente do PP e do Centrão, dedica-se diuturnamente a ironizar o governo Lula 3 e a tentar livrar a barra de seu ex-chefe, a quem chama seguidamente de “homem de bem, simples e sério”.

Usa sua conta no Twitter para fazê-lo, além de entrevistas aqui e ali para os matutinos e para as TVs “all news”. Mas, recentemente, após ter dado entrevista à Folha de S.Paulo — quando repetiu a cantilena do “homem de bem, simples e sério” –, ele disparou dardos na direção de Roberto Jefferson e da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), a quem chamou de “loucos”. Os episódios que os dois protagonizaram com armas de fogo a dias da votação presidencial no fim de outubro, segundo Nogueira, ajudaram na derrota de Bolsonaro.

Por conta do “louca”, Zambelli revidou, chamando Ciro de “helicóptero do cerrado”, em alusão aos apelidos do senador usados na famosa lista de propinas sup0stamente pagas a parlamentares pela Odebrecht; chamou-o também de “pior ministro” do governo Bolsonaro e deu a entender que o ataque do “pior ministro” se inscrevia numa lógica em que Ciro buscaria “MAIS espaço no desgoverno Lula”.

“Não tem só duas caras, tem ausência de ética também”, mandou.

Por isso, Ciro fez uma breve interrupção em seu samba de uma nota só no Twitter contra Lula 3 e dedicou duas linhas a Zambelli. Escreveu:

“Entrei na mira da Zambeli. Alguém tem uma bula de Haldol e um colete de grafeno, apenas por precaução? Muito obrigado.”

Haldol, ensina o Google, é um antipsicótico usado para controle do estado maníaco. Não deve ter sido muito fácil viver em Brasília no passado recente.