O presidente Lula embarcou na manhã desta quarta-feira (17) para Hiroshima, no Japão, a fim de participar da reunião do G7, que vai acontecer de 19 a 21 de maio. Entre os tópicos que serão discutidos no encontro está a regulamentação da IA, que vem se mostrando uma questão ainda mais complexa que a das redes sociais.
Vários países estão na corrida para regulamentar a tecnologia em seu território e o tema segue levantando polêmicas mundo afora. Vide a participação de Sam Altman, CEO da OpenAI, a empresa do ChatGPT, em um debate no Senado americano na última terça-feira (16). Na ocasião, Altman declarou que “Se a tecnologia der errado, vai dar bem errado” e reforçou que o futuro da IA tem que ser democrático.
Liderança chinesa
Na última quinta-feira (11), foi a vez da União Europeia aprovar um projeto de lei para regulamentar a IA. O documento, que é resultado de dois anos de discussão e recebeu nada menos do que três mil propostas de emenda, lista pontos de atenção como a questão da violação de privacidade.
O projeto de lei determina, por exemplo, o banimento dos sistemas de reconhecimento facial em espaços públicos e em tecnologias anti-crime.
Vale lembrar que os chineses que largaram na frente e aprovaram a regulamentação da IA ano passado e, desde então, vêm tentando ganhar simpatizantes de seus conceitos na Ásia e na África. Exatamente o que o bloco da UE pretende fazer assim que aprovar a lei: conseguir adeptos de suas ideias em outros países do mundo.
A ver o que a reunião do G7 vai produzir sobre o tema, que promete continuar na pauta do dia por um bom tempo.