Em um governo repleto de ministros – segundo as últimas contagens seriam 39 – e com anúncios a ser feitos em dezenas de áreas, não deve ser fácil a vida de alguns inquilinos do Esplanada. Afinal, eles precisam trocar cotoveladas (metafóricas) com seus pares para emplacar alguns minutos nos noticiários e descolar espaços em áreas mais nobres de homepages.
Ministro da recém-criada pasta de Portos e Aeroportos, o ex-governador paulista Márcio França (PSB), que abriu mão de sua candidatura ao governo paulista em 2022 para abrir espaço para Fernando Haddad (que, derrotado, tornou-se ministro da Fazenda), ganhou algum destaque nesta segunda (13) ao dar conhecimento sobre projeto de viagens aéreas baratas em épocas de baixa temporada .
França disse que o governo estuda um programa de venda de passagens a R$ 200 para determinados viajantes (estudantes, aposentados, pessoas com certo teto de rendimentos) em épocas de baixa temporada, o que aumentaria o número de passageiros em rotas em que aviões normalmente partem com muitos lugares vazios. Para o secretário, há possibilidade de emissão de 12 milhões dessas passagens anualmente.
Em entrevista à CNN brazuca nesta segunda-feira, o ministro fez questão de se antecipar às críticas liberais ao dizer que o governo federal não comprará passagens. “O governo federal não entra com nenhum tipo de subsídio. Ele entra com a organização e os bancos, Caixa ou Banco do Brasil, que vão intermediar essa possibilidade”, disse.
Um mesmo passageiro poderá comprar apenas quatro passagens (trecho) por ano no programa em estudo.