O novo presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, foi empossado na quarta (14) numa solenidade que contou com dez entre dez protagonistas do poder nacional. Na véspera, um jantar em sua homenagem já tinha atraído tal quantidade de convivas de peso que ó caso de se pensar quais serão os futuros passos do “baiano, idealista e professor”, como Dantas se identifica no Twitter.
Nesta sexta (16), Dantas concedeu entrevista pela manhã a jornalistas de Brasília, e, conforme revelou o site PODER 360, queixou-se da reforma administrativa “muda e cega” conduzida por Paulo Guedes nos últimos anos.
“Muitos quadros se aposentaram na Receita Federal, no Itamaraty. Evidentemente que uma boa reforma administrativa precisa levar em consideração onde é necessário reforçar a atuação do Estado e onde é preciso fechar”, pontuou. “A prestação de serviços públicos está sendo colocada em risco.”
Dantas deu aos jornalistas exemplo da atuação “muda e cega” da reforma do ex-Posto Ipiranga no próprio TCU. Conforme anotou o Poder 360, o facão ali decepou 497 funcionários – que “não foram repostos”.
O discurso de Dantas em sua solenidade de posse certamente deve ter incomodado bolsonaristas, se é que esse grupo ainda se incomoda com críticas. Sem citar o (ainda) presidente, o professor idealista baiano caracterizou os últimos anos de “retrocesso civilizatório”. “O alarido das redes sociais e a instabilidade institucional relegaram ao segundo plano o que deveria ser prioritário em nossa sociedade”, mandou.