Se rachadinha fosse razão suficiente para afastar alguém do cargo, o comando atual de dois dos três poderes não poderia nem ter chegado onde chegou. De qualquer forma, o governador alagoano Paulo Dantas (MDB), parça do senador Renan Calheiros e de seu filho, o ex-governador Renan Filho, eleito agora senador, foi afastado do governo nesta terça (11) exatamente por essa razão – possível uso de funcionários fantasmas em seu gabinete quando era deputado estadual.
Dantas, que é candidato à reeleição e está em plena campanha de segundo turno, lidera as pesquisas eleitorais e arma palanque para o presidente Lula. O senador Renan Calheiros preferia que seu MDB deixasse de lançar candidatura presidencial própria, aliás, para apoiar desde sempre o capo petista, e chegou a tentar judicializar a decisão da sigla.
Algumas horas depois do afastamento, o senador se manifestou sobre o caso, e voltou suas baterias contra o presidente da Câmara Federal, o deputado alagoano Arthur Lira.
“A perseguição ao governador @paulodantasal remonta a 2017, é da competência estadual. Foi parar no STJ por uma armação de Lira e lá perambulou por vários gabinetes até cair nas mãos certas da ministra bolsonarista Laurita Vaz, que não tem competência para o caso”.
E em segundo tuíte, seguiu:
“Entraremos – eu e o senador Randolfe Rodrigues – contra ela no CNJ pela decisão descabida e nitidamente política faltando poucos dias para a eleição. O MP, de Lindora e Aras, nada faz contra Lira, condenado que disputou 3 eleições com liminares.”
Entraremos – eu e o senador Randolfe Rodrigues – contra ela no CNJ pela decisão descabida e nitidamente política faltando poucos dias para a eleição. O MP, de Lindora e Aras, nada faz contra Lira, condenado que disputou 3 eleições com liminares.
— Renan Calheiros (@renancalheiros) October 11, 2022