Posse de Rosa Weber, na segunda (12), é nova oportunidade para encontro de presidenciáveis

Rosa Weber || Créditos: Nelson Jr./SCO/STF

Depois que Lula roubou a cena na estreia de Alexandre de Moraes à frente do TSE, candidatos voltam a se encontrar em cerimônia de troca de comando no STF; veja perfil da ministra para PODER

A cerimônia de troca de guarda na presidência do STF, marcada para a próxima segunda (12), promete ser mais um evento em que os candidatos a presidente Lula e Jair Bolsonaro devem se encontrar. A ministra Rosa Weber assume a chefia rotativa da casa até o começo de outubro de 2023, quando, por completar 75 anos, terá de se aposentar compulsoriamente do serviço público.

A última vez em que os dois principais contendores das eleições de outubro se encontraram em evento semelhante foi na posse de Alexandre de Moraes na presidência do TSE, quando o discurso muito claro do ministro em favor das urnas eletrônicas e das ferramentas democráticas pareceu constranger o chefe do Executivo.

Além de Lula e Bolsonaro e dos presidentes das casas legislativas, foram convidados para o evento os demais candidatos a presidente. Na segunda-feira, Rosa deve também ela fazer um discurso de forte defesa do poder Judiciário e das instituições democráticas do país.

A revista PODER deste mês traz um perfil com a nova presidente do STF. A ministra, de perfil discretíssimo, é famosa por não dar declarações à imprensa nem se manifestar sobre processos, exceto nos autos – como convém a qualquer juiz, diga-se. Ouvido pela reportagem, Oscar Vilhena Vieira, professor de direito constitucional da FGV-SP, disse o seguinte sobre Rosa:

“A ministra Rosa é absolutamente discreta, muito rigorosa, seus votos são técnicos, e ela tem aderência incondicional ao pacto constitucional. Não poderia ser mais adequada para este momento do Brasil, de muita estridência. Ao não reverberar, ela já contribui, e sua presença [na presidência] pode ser muito despolitizadora, o que será positivo para o futuro governo”.

Vieira fez ainda questão de ressalvar que o fato de Rosa ser “muito silente” não a faz “deixar de tomar posições”. “Quando presidiu o TSE em 2018, Rosa nunca se omitiu”, disse.

Rosa presidiu o TSE justamente em 2018, ano das polêmicas eleições que Jair Bolsonaro insiste em dizer fraudadas, apesar de vitorioso.

Para ler a reportagem na íntegra, veja aqui.