Campanha de Castro sofre com prisões e malfeitos de correligionários, mas governador resiste

Washington Reis, Vinicius Farah e Allan Turnowski || Crédito: Erasmo Salomão/MS/Câmara dos Deputados/Reprodução

Candidato à reeleição ao governo fluminense tem companheiro de chapa barrado na Lei da Ficha Limpa e ex-secretário preso, mas cresce nas pesquisas

A campanha do governador fluminense Cláudio Castro (PL), candidato a um novo termo à frente do palácio Guanabara, vem colecionando reveses que seriam críticos em qualquer país cuja população fosse um tanto menos tolerante com os malfeitos cometidos por seus representantes políticos.

Castro acabou de perder seu companheiro de chapa, ex-candidato a vice-governador Washington Reis (MDB). O ex-prefeito de Duque de Caxias caiu na Lei da Ficha Limpa, teve a candidatura impugnada pelo TRE-RJ e não deve recorrer ao TSE. O nome já ventilado pela imprensa para substituí-lo é do deputado federal Vinicius Farah (UB-RJ). Sabe-se, pelo menos, que o UB, partido de grande expressão parlamentar por ainda contar com egressos do PSL, que em 2019 era a maior bancada da Câmara Federal, exige o cargo.

Nesta sexta (9), dando sequência à escalada de reveses, o ex-secretário da Polícia Civil de Castro e lá, atrás, também do governo Sérgio Cabral, Allan Turnowski, foi preso por, segundo o Ministério Público do Rio, atuar como agente duplo em favor de bicheiros rivais. Turnowski é candidato a deputado federal pelo PL, partido de Jair Bolsonaro, Castro e de Valdemar Costa Neto, e recentemente recebeu o apoio do atual governador.

Mesmo com a sequência de notícias ruins, as pesquisas eleitorais vêm mostrando o crescimento de Castro. Ele abriu vantagem em relação a seu principal perseguidor, o deputado federal Marcelo Freixo (PSB), e se aproxima de uma vitória talvez já em primeiro turno.