Em quinto plano no debate eleitoral de 2022, o ex-juiz, ex-ministro de Bolsonaro e ex-consultor a soldo milionário da transnacional Alvarez & Marsal Sergio Moro passou a quinta-feira (25) excitadíssimo, tentando desqualificar a entrevista de Lula no Jornal Nacional.
Moro produziu oito tuítes, um primeiro introdutório e sete de “análise” das respostas de Lula. Está ficando claro que o ex-ex-ex busca se reaproximar do bolsonarismo para colher alguns votos desse estrato mais do que conservador. Sua eleição para o Senado do Paraná está subindo no telhado, dada a vantagem que seu ex-padrinho político Álvaro Dias (Podemos) vem abrindo, conforme revelam as pesquisas.
Mas Jair Bolsonaro, a julgar pelo que falou nesta sexta (26) a um programa de uma cadeia de emissoras de rádio, não quer conversa com o ex-ex-ex.
“Estava na cabeça dele disputar a presidência um dia. Se ele tivesse se mantido numa boa comigo, ele poderia ser meu vice agora, sem problema nenhum. Mas subiu o poder à cabeça dele”, disse o ex-chefe do ex-ex-ex.
“Os meus ministros, de maneira geral, não tinham quase nenhuma vivência política. O Moro é esse aí. O Moro, pela função dele, passou 20 e poucos anos dando canetada e os outros cumprindo. Quando você vai para lá, é diferente o negócio. Acho que subiu na cabeça do Moro o poder. Ele queria uma indicação para o Supremo, [mas] jamais passaria numa sabatina no Supremo”, seguiu o presidente.