Pode não ser muita coisa, mais a nhaca que caiu sobre Joe Biden dissipou-se um pouco nas últimas semanas. O ponto de inflexão foi a aprovação, no domingo (7), do pacote bilionário (e trilionário, se convertido em real), de US$ 430 bi, de ações para combater o aquecimento global, diminuir o preço dos remédios e aumentar impostos sobre lucro de empresas.
O pacote ainda precisa passar pela Câmara (House), mas os analistas enxergam grande possibilidade de vitória ali também – há maioria democrata, ainda que muito apertada –, o que poderia catapultar um movimento afirmativo entre o eleitorado e garantir triunfo democrata nas eleições legislativas de novembro.
Trata-se do mais grosseiro wishful thinking, mas a tigrada vem se agarrando aos parcos sinais positivos. Pesquisa de opinião Reuters/Ipsos mostrou subida nos índices de aprovação do presidente para 40%, a maior pontuação desde junho.
Entre os que apoiam os democratas, a aprovação de Biden chegou a 78%, acima dos 69% da pesquisa de há um mês; a desaprovação entre os republicanos permanece altíssima, e não se alterou.
Biden coleciona índices abaixo de 50% na pesquisa Reuters/Ipsos desde 2021, com os repiques da epidemia de coronavírus no país. Trata-se de uma das piores performances entre presidentes na primeira metade de gestão.