A chegada da presidente da Câmara Federal (House) estadunidense, Nancy Pelosi, a Taiwan, nesta terça (2), que possivelmente desencapa mais um fio na relação entre Estados Unidos e China, foi precedida por algum mistério e uma justificativa da própria deputada na undécima hora.
Pelosi publicou quatro tuítes em sequência, um deles para compartilhar texto seu publicado nesta terça no jornal The Washington Post. A viagem, que foi desaconselhada efusivamente pelo presidente chinês Xi Jinping em longo “call” com seu homólogo Joe Biden, foi assim justificada pela “speaker”:
“Em face das aceleração das agressões pelo Partido Comunista Chinês, a visita da nossa delegação parlamentar deve ser vista como uma inequívoca declaração de que a América está do lado de Taiwan, nosso parceiro democrático, enquanto se defende a si mesmo e sua liberdade”.
Em tuíte, foi ainda mais enfática: “Viajando a Taiwan, nós honramos nosso compromisso com a democracia: reafirmar que a liberdade de Taiwan – e de todas as democracias – devem ser respeitadas.”
Faltou combinar com os chineses. Ou, por outra: faltou obedecer o combinado com os chineses.
Joe Biden não se manifestou até às 12h45 (horário de Brasília). Seus últimos tuítes na conta oficial do Twitter fizeram menção ao ataque a Ayman al-Zawahiri no Afeganistão e , emulando Jair Bolsonaro, à diminuição do preço da gasolina em não sei quantos estados do país.