Um divórcio multibilionário no seio da família mais rica do Brasil está perto de ser finalizado. A separação legal em questão, na verdade, não é a de nenhum casal, mas sim de Alberto Safra e de sua mãe, Vicky Safra, e seus irmãos Esther Safra Dayan, Jacob e David Safra. Todos são herdeiros da fortuna de mais de US$ 23,2 bilhões (R$ 125,1 bilhões) deixada por seu pai, Joseph Safra, que morreu em 2020, aos 82 anos, quando encabeçava a lista dos mais ricos do mundo.
Classificada como uma das maiores transferências de riqueza da história, a herança recebida por Vicky – a brasileira mais rica da atualidade, apesar de naturalizada e nascida na Grécia, e hoje em dia morar na Suíça – do montante estipulado em testamento por Joseph (que preferia ser chamado de José) para sua viúva e filhos fez de todos eles bilionários, mas Alberto discordou da parte que lhe coube e, em razão disso, entrou na justiça para contestar a divisão de bens familiar.
O argumento algeado nos autos é de que Joseph, pouco antes de morrer, teria alterado o documento a fim de beneficar Esther, Jacob e David, mas segundo a Bloomberg o imbróglio está perto de ser resolvido com um acordo a ser selado fora dos tribunais. Segundo a agência de notícias, Alberto deverá vender sua fatia nos negócios familiares por algo perto de US$ 5 bilhões (R$ 26,9 bilhões).
Além do Banco Safra, cuja sede fica na Avenida Paulista, Joseph também era dono do Safra National Bank of New York, dos Estados Unidos, e do suíço J. Safra Sarasin. Juntos, os três bancos possuem mais de US$ 100 bilhões em ativos sob gestão, e o império dos Safras inclui ainda os prédios 30 St Mary Axe de Londres, mais conhecido como “Gherkin” (“Pepino”) em razão de seu formato, e o número 660 da Madison Avenue de Nova York, além de uma participação na Chiquita Brands International, a maior produtora de bananas do mundo.