O bilionário Elon Musk parece andar em período de silêncio. Ele não se pronunciou sobre a revisão do entendimento sobre a legalidade da prática do aborto feita pela Suprema Corte estadunidense nesta sexta (24). Tampouco tem dado pitacos nas estratégias militares da Ucrânia. Comentários sobre a recessão global e as dificuldades que sua Tesla enfrenta e irá enfrentar nos próximos meses têm sido a tônica.
Sua última postagem no Twitter, porta-voz oficioso de seus negócios, na terça (21), contudo, é “muda”. Ele apenas publicou a foto do luminoso de um posto de gasolina da rede 7 Eleven, muito provavelmente nos Estados Unidos, que indica o preço do galão de gasolina – o mesmo do diesel – US$ 7,11.
— Elon Musk (@elonmusk) June 21, 2022
Poderia passar como um “remark” cínico sobre a maior inflação estadunidense em 40 anos e ao mesmo tempo mais uma pancada em Joe Biden não fosse Musk o maior montador de carros elétricos do mundo.
A Business Insider, contudo, diz que Musk segue ativo em seu jogo de nervos com os controladores do Twitter. Segundo a publicação, ele pediu ainda mais dados à empresa após receber uma remessa gigantesca de zilhões de teragigamegabytes. O novo pedido reforça sua caça aos “bots” – os perfis falsos, pilotados por computador, utilizados especialmente para a propagação de fake news e discurso de ódio na rede – que ele diz comprometer o crescimento da rede.
A ideia que ganha octanagem entre os analistas de negócios é que os reiterados movimentos de Musk visam granjear desconto na negociação dos declarados US$ 44 bi; pode ser também que tudo isso não passa de um teatrinho monótono para uma saída menos desonrosa do “deal”.