Emulando JP Morgan no C6, banco BBVA compra parte apreciável de fintech Neon, que vira unicórnio

Volta do banco espanhol ao Brasil se dá por aquisição da Neon, que cresceu de maneira relevante em 2021 e tornou-se primeiro unicórnio brasileiro de 2022

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Aviso de unicórnio, como gostam de dizer as pessoas envolvidas com startups, aceleradoras, fundos de venture capital e o resto do “ecossistema”. Numa quarta rodada (“série D”) de captação de investimentos, o banco digital Neon atingiu valor de mercado de US$ 1 bi ao acertar a venda de 21,8% de participação para o banco espanhol BBVA (Bilbao Viscaya), que, assim, volta ao Brasil.

O negócio foi efetivado por declarados US$ 300 mi. O Neon, fundado em 2016, havia atingido a marca de 10 milhões de clientes em 2021 e informou que ter tido aumento de 178% das transações feitas pelos clientes em 2021, comparadas às transações do exercício anterior.

O BBVA já possuía cerca de 8% do Neon, e agora torna-se acionista relevante, com pouco menos de 1/3 de participação.

Em comunicado ao mercado, Pedro Conrade, fundador do Neon, disse que “a captação nos permite acelerar esse propósito e atender cada vez mais trabalhadores. Com o apoio e experiência global do BBVA em digitalização e crédito teremos avanços ainda maiores.”

A aquisição de parte do neon por um “bancão” estrangeiro reproduz o movimento feito recentemente pelo estadunidense J P Morgan Chase, que hoje tem 40% de participação do C6.