Está praticamente fazendo aniversário. Em repeteco de 17 de janeiro de 2021, o domingo em que João Doria deu início à campanha de vacinação em São Paulo, antecipando-se à inação do governo federal, o governador paulista iniciou simbolicamente a vacinação de crianças de 5 a 11 anos nesta sexta (14), no mesmo Hospital das Clínicas, em São Paulo, em que a enfermeira negra Mônica Calazans se tornou a primeira moradora do Brasil a receber uma dose da vacina CoronaVac contra a Covid-19.
Em cerimônia às 12h desta sexta, Doria posicionou-se à frente de uma pequena ror de fotógrafos e retomando seu personagem preferencial, o de mestre de cerimônias, e foi apresentando as crianças, uma a uma, que iam sendo vacinadas. As primeiras portavam deficiências, como Cauê dos Santos, de 11 anos.
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, não se manifestou no Twitter, diferentemente do que fez naquele 17 de janeiro o então ministro Eduardo Pazuello, que convocou uma entrevista coletiva de última hora.
Mais cedo, contudo, o ministro negou que o ministério tivesse intencionalmente atrasado o início da vacinação das crianças, em mais uma manifestação, poder-se-ia dizer, terraplanista. “Infelizmente eles tentam o tempo inteiro construir narrativas. A mais nova, que foi o prato do final do ano, a ceia do Natal e do Ano Novo, foi essa questão da vacina das crianças. Toda uma narrativa construída de forma enviesada para trazer intranquilidade para a população brasileira para deixar os pais e mães inseguros em relação ao provimento das vacinas infantis”, disse o ministro, conforme registrou o site Poder 360.
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(Atualização das 15h15)
Por volta das 14h30, Queiroga foi ao Twitter fazer o que já se esperava dele. Escreveu: “O político @jdoriajr subestima a população. Está com as vacinas do @govbr e do povo brasileiro em mãos fazendo palanque. Acha que isso vai tirá-lo dos 3%. Desista! Seu marketing não vai mudar a face da sua gestão. Os paulistas merecem alguém melhor.”
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