Taxa de 10,06%, muito acima da meta do Banco Central, implode ainda mais poder de compra do real; perda desde que moeda foi lançada, nos anos 1990, ultrapassa 500%
Desde que Jair Bolsonaro subiu a rampa do palácio do Planalto, em 1º de janeiro em 2019, o país… bem, deixa pra lá. A economia é um dos pontos fracos do governo, com a inflação explodindo em 2021, fechando em 10,06%.
O real perdeu bastante poder de compra desde o seu lançamento, nos anos 1990, e não dá apenas para culpar, claro, o atual governo. R$ 100 da época em que a atual moeda brasileira passou a circular valem hoje aproximadamente R$ 14.
Para não voltar tanto no tempo, Gil Castello Branco, da ONG Contas Abertas, lembra que o real foi uma das moedas que mais se desvalorizaram frente ao dólar nos últimos dois anos.
“Existia uma previsão, na época em que o dinheiro surgiu, que seria possível comprar aproximadamente 35 itens no supermercado com uma nota de R$ 100. Hoje, são de 9 a 11 produtos, número que pode ser ainda menor se você incluir carne. Más decisões políticas e econômicas fizeram com que o salário mínimo, por exemplo, perdesse mais de R$ 60 reais em poder de compra nos últimos dois anos”, disse a PODER Online o professor de Economia Paulo Carvalho, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ).